20.12.06

às vezes me dá vontade de sonhar

Sonhar com meu futuro, meus filhos, minha casa e meus gatos de estimação.
Sonhar com o reconhecimento do meu trabalho, a realização dos meus projetos e também com a tão sonhada aposentadoria.
Sonhar com um futuro melhor, com aquilo que chegue mais perto da paz e da igualdade social – porque sonhar com a sua totalidade, na verdade, é utopia.
Sonhar com campanhas geniais, clientes inteligentes e conquistas marcantes.
Sonhar com uma volta ao mundo em muito mais que 80 dias.
Sonhar com a mulher que eu amo, velhinha, sentada ao meu lado em uma varanda, assistindo ao pôr-do-sol com uma serenidade estampada nos olhos que só a experiência e a certeza da missão cumprida podem proporcionar.

Em 2007, não fique só na vontade. Sonhe mais.

19.12.06

quando eu crescer quero ser o marcelo ribeiro

Na verdade eu quero voltar à infância para ser o Marcelo Ribeiro.
“Mas quem no inferno é esse cara?” é o que você deve estar se perguntando neste momento. Pois eu te digo que o rapaz até que é bastante famoso e, se você for homem, com certeza já ouviu falar dele e ficou com muita inveja.
Marcelo Ribeiro é ninguém menos do que aquele molequinho sortudo filho de uma puta que se esfregou com Xuxa peladinha em uma pornochanchada chamada “amor, estranho amor”, de 1982 – muito do antes do beijinho, beijinho, tchau, tchau.

Quem já assistiu vai chorar de rir quando ler isso:
“Eu sou uma ursinha macia... hmmm... maciiiia”.

E todo mundo diz “nossa, que absurdo! Isso é pedofilia! Coitado do menino!”. Coitado do menino?! Então, que me colocasse no lugar dele! E eu aposto que ele tira e conta vantagem disso até hoje, assim como também ainda deve bater altas punhetas.
Vai tomá no cu, porque isso sim é nascer com o furico virado pra lua.
Eu sei que pedofilia é crime e tudo mais, mas quem é homem vai concordar comigo: qualquer menino heterossexual com 10 anos de idade no mundo faria absolutamente qualquer coisa para pegar nos peitos da Xuxa e se esfregar com ela numa cama. Isso é um fato, e contra fatos não há argumentos.

*Dica para a Fischer América: já que a Xuxa gosta de baixinho a esse ponto, ela é quem devia ser a próxima namorada do garoto-propaganda da Kaiser.

18.12.06

serjones, o surtado da semana

Não podia ser outro. O rapaz surtou a semana inteirinha, com comentários que passavam longe da sensatez e até mesmo da lucidez. No pior (melhor?) de todos, comentando o post eu odeio quando alguém mente na cara dura, o carinha encarnou ninguém menos que o filho do Gepeto, e fez o seu nariz crescer mais que a espada do Lion.
Pelo jeito, acabou o gardenal na casa dele. Ô Serjones, vê se o Tom Zé não tem uma cartelinha sobrando pra te arrumar.
Brincadeiras à parte, nosso querido Serjones mandou muito bem e merece as congratulações de todos. É isso aí, garoto! Você é um exemplo para a juventude surtada desse Brasil varonil.

O Serjones deu uma verdadeira aula de como fazer para ser o surtado da semana. Faça a lição de casa direitinho e apareça aqui na semana que vem. Tchau!

15.12.06

sai pra lá sem dó: tom zé

Confesso: não sei citar sequer uma música dele. Logo, o que vou falar aqui é com pouquíssimo conhecimento de causa. Nunca cheguei perto de um disco dele e, nas poucas vezes que tentei vê-lo na TV, não consegui chegar ao fim da performance - quando me dava conta já tinha mudado de canal.
O cara é insuportavelmente louco, não fala nada com nada e acha que é um dos maiores intelectuais do povão brasileiro. Uma vez peguei um trecho de uma entrevista dele na Cultura e o imbecil ficou o tempo todo segurando uma boneca de plástico como se fosse uma refém, apontando uma arma de brinquedo na cabeça da coitada. Alguém poderia me explicar que diabos significa isso?
É uma loucura muito forçada. O cara quer chocar, mas se esquece que hoje em dia é infinitamente mais difícil fazer isso do que era em 1960. Um velho, feio e louco segurando uma boneca como refém é, na melhor das hipóteses, engraçado.
Então, Tom Zé, pega o seu gardenal e sai pra lá sem dó!

O excomungado dessa semana foi indicado pela Isa. Faça como ela, pense naquela banda, cantor ou cantora que você tem vontade de atear fogo para apagar na paulada e indique para o sai pra lá sem dó da semana que vem.

13.12.06

eu odeio quando alguém mente na cara dura

Porra, tem que ser muito cara-de-pau! Tipo ser pego na cama com outra, ao vivo e a cores, tomando aquele fio-terra e negar até a morte que traiu e que tem tesão no cu. É sofrível.
Às vezes é uma mentira boba, que nem chega a incomodar, mas o filho da puta fica insistindo na história e aquilo vai dando uma raiva incontrolável, e o que era uma simples omissão dos fatos se transforma num carnaval de gentilezas e carícias - tem que apanhar mesmo, pra ver se cria vergonha na cara!
A mentira, infelizmente, faz parte do nosso dia-a-dia. Todo mundo inventa uma mentirinha de vez em quando, mesmo que sem querer. Tudo bem desmarcar um encontro e dizer que vai ficar em casa. Mas se essa pessoa, por pura coincidência ou força do destino, acabar indo no mesmo restaurante que você, peça desculpas e saia de fininho ou até finja que não viu, mas não aja como se fosse a sua própria irmã gêmea, muito menos a do bem.

12.12.06

às vezes me dá vontade de ficar doente

Não minta para mim e muito menos para si mesmo. Eu sei que você já quis ficar doente para não ter que trabalhar, estudar ou cumprir qualquer outra obrigação chata (pleonasmo: obrigação já implica chatice). Mas fique tranqüilo, porque eu andei pesquisando por aí e descobri que todo mundo já pensou nisso alguma vez na vida.
Os motivos podem ser vários. Tem dia que você não quer ir porque ainda ta chapado, no outro você fica com preguiça só pensar na pilha de coisas pra fazer. Dia de chuva não foi feito para sair de casa, e clima ruim no trampo também só ajuda a desmotivar.
O duro é que, quando você acorda e percebe que está realmente doente e que vai ter mesmo que faltar, fica puto da vida. Porque aí tem que passar o dia inteiro deitado, com o corpo doendo e pensando na pilha tripla de coisas que vai ter pra fazer quando voltar.
Será que não tem um jeito de ficar doente e curtir um dia de folga ao mesmo tempo?

11.12.06

quando eu crescer quero ser um gato

Mas gato de bicho mesmo, porque gato de bonito eu já sou. E de preferência um gato doméstico e não-castrado.
Tem vida melhor que a deles? Passam o dia inteiro na maior mordomia, com comida, carinho e cama macia. E à noite a farra come solta, com tudo que uma boa balada tem direito, de gatinhas barulhentas a tretas de acordar o quarteirão todo, de segunda a segunda.
Vida mansa é pouco para descrever o dia-a-dia desses sorrateiros bichanos.
Além de contar com todo esse conforto e poder ser livre ao mesmo tempo, ser gato ainda tem muitas outras vantagens, como conseguir passar em vãos extremamente apertados, pular em lugares bastante altos e conseguir se equilibrar em superfícies muito estreitas.
Costumam dizer que eles são folgados. Pois eu digo que eles são é muito confiantes. A auto-confiança dessas pequenas criaturas é tão grande que em poucos dias eles já dominam a casa, a quadra e o bairro.
Infelizmente, vai ser muito difícil eu conseguir me transformar em um gato ainda nessa vida (o bicho, porque bonito, vale ressaltar, eu já sou). Então, vai ter que ficar pra próxima. Mas um dia hei de ter minha vidinha de majestade felina.

9.12.06

andré, o surtado da semana

É isso aí. O André pegou o espírito da seção quando eu crescer quero ser desta semana e deixou um comentário surtadíssimo, no melhor estilo Tony Montana - personagem de Al Pacino em Scarface, clássico dos clássicos dos clássicos Pacinianos.
O melhor de tudo é saber que boa parte da culpa por esse surto do André é minha, já que eu indiquei o filme pra ele.
Para quem não assistiu Scarface (sacrilégio!), "you can't kill me, módafócka!" é a última fala de Tony Montana, gritada enquanto ele leva uma série de tiros no peito e insiste em não cair. Também, pudera. Depois de enfiar a cara em uma montanha de cocaína e sair com o nariz inteiro branco de pó, não tem corpo no mundo que sinta a dor de um tiro.
Como eu já tinha dito no post sobre O cara: fócking awesome!

O surtado da semana que vem pode ser você. Acompanhe diariamente este fócking blog e deixe o surto tomar conta de seus comentários. Até segunda!

7.12.06

sai pra lá sem dó: charlie brown jr

Ou como diz o Faustão, Charles Brown Júnior! (ô loco meu, tanto no pessoal quanto no profissional, o inglês dessa grande figura é tão ruim que ele nem consegue falar o nome de um dos personagens animados mais famosos da história).
Bom, não importa a pronúncia, esses caras são insuportáveis, com destaque mais do que especial para o Chorão, o mala-mor. Porra, se o cara fosse mala mas tivesse um puta vocal ou escrevesse pra caralho eu até agüentava. Agora, vai cantar e compor mal assim na puta que o pariu, mas bem longe daqui mesmo.
O pior é que, no começo, o som até era bom. Mas quem é que agüenta aquele ser esgoelando “se não eu, quem vai fazer você feliz”? Blérgh!
O cara é chato pra cacete, não sabe nem falar direito, mais feio que a Dercy Gonçalves, com um cérebro menor que a unha do meu dedinho do pé e ainda quer dar uma de malandrão pra cima de mim? Ah, Chorão, sai pra lá sem dó! E não se esqueça de levar a sua corja de picaretas junto com você.

Quem sugeriu o nosso massacrado de hoje foi o André, mas você também pode ter o seu artista despreferido chafurdado cá por essas bandas. Comente o post e deixe sua sugestão para o sai pra lá sem dó da semana que vem.

6.12.06

eu odeio quando alguém me acorda antes da hora

E lá em casa isso é a coisa mais normal do mundo. Houve uma época em que acontecia praticamente todo dia. Qualquer recadinho que minha mãe ou meu pai precisassem me passar, geralmente às seis e meia da madrugada, batiam na porta do meu quarto e falavam comigo como se eu já estivesse acordado há horas. Nunca dava certo. Os erros cometidos pelos coroas eram muitos.
Erro nº 1: insistir em me acordar antes da hora.
Quem começou a ler este post pelo título já deve saber que eu odeio quando alguém me acorda antes da hora. O mau-humor natural, ácido, irônico e às vezes até engraçado das minhas manhãs se torna, definitivamente, insuportável.
Erro nº 2: querer que eu memorize um recado transmitido oralmente.
Não adianta, recado pra mim tem que ser no papel ou na secretária eletrônica, e mesmo assim eu ainda corro o risco de esquecer.
Erro nº 3: acreditar que eu vou lembrar do recado quando acordar de verdade.
Falar comigo dormindo é quase a mesma coisa que falar com uma acelga. A única diferença é que a resposta é um grunhido.
Erro nº 4: bater na porta, não ouvir resposta, e entra no quarto mesmo assim.
Todo dia eu fingia não escutar o bater na porta, na esperança de meus pais pensarem “coitado, está dormindo, não vamos acordar o pobre menino”. Mas que nada. Batiam por pura diplomacia, puro hábito.
O tempo foi passando e eles aprenderam com os erros. Hoje os lembretes se espalham pelos espelhos e pedaços de papel grudados com durex na parede. Pego um deles e coloco no bolso para não esquecer, mas, confesso que vez ou outra a lembrança se desfaz na máquina de lavar roupas, junto com o papelzinho.

5.12.06

às vezes me dá vontade de ficar à-toa

E sabe que nem é tão às vezes assim? Fim-de-semana, por exemplo, enquanto a maioria quer fazer tudo que não deu pra fazer durante a semana, eu quero ficar em casa, de boa, coçando o saco sem dor, nem mesmo na consciência.
Sou e sempre fui um defensor-ativista-radical-talibã do ócio criativo. Vamos lá, seja sincero: as melhores idéias que você teve na sua vida não foram em momentos de extrema falta do que fazer? As minhas foram.
O meu gosto por ficar à-toa é tamanho que muitas vezes o meu “ficar sem fazer nada” é literalmente ficar sem fazer porra nenhuma. Sem TV, sem revistas, sem rádio, sem escrever, sem desenhar e sem conversar. Fico parado, olhando o que acontece em volta e deixando a mente fluir naturalmente.
Pode parecer coisa de vagabundo, mas, se você nunca fez isso, com certeza deveria experimentar. Aliás, ficar sem fazer porra nenhuma é um costume milenar – também conhecido como meditação, e seus benefícios para a qualidade de vida já estão mais do que comprovados.

Vá por mim. Aproveite o tempo livre para coçar o saco e torne-se uma pessoa muito mais criativa e de bem com a vida.

4.12.06

quando eu crescer quero ser o al pacino

Não há dúvidas: esse é O cara. Sempre paguei um puta pau pra ele.
Pô, ele é mafioso, traficante, policial durão, coronel - ou general, sei lá - cego e, last but definately not least, o Diabo! Ele mesmo, o Coisa-ruim, o Cão, o Caramulhão, o Lúcifre!

É sério, toda vez que eu vejo um filme do Al Pacino fico com muita vontade de ser ele.
Agora imagine um dia normal na vida dele - se é que um cara como Tony Montana tem dias normais.
O despertador toca:
- Fóck!
E descarrega a automática no aparelho novinho.
Aí ele levanta e vai fazer a barba com o mesmo facão com o qual devastou o matagal do terreno baldio vizinho no dia anterior. Na última rapada, só pra dar aquele toque final, Pacino se corta:
- Fóck!
E arranca a pia da parede a socos e chutes.
Coloca o roupão e se senta na ponta da cama para calçar os chinelos. Depois levanta, vai até o outro lado da cama e lasca um puta tapão na cara da mulher nua que estava deitada:
- Wake up, you fócking bitch! Fóck!
E joga um maço de notas de cem dólares na cara dela.
Vira as costas e vai em direção à cozinha, no andar de baixo. Ainda na escada, ele está curioso para saber como será o seu desjejum:
- Where the hell is my fócking breakfast?! Fóck!
E quando chega à cozinha:
- What the fóck are you doing?! Where’s my fócking eggs with módafócking bacon?!
E larga um tiro de doze na cabeça da empregada. Coitada, era só o primeiro dia.
No fim ele resolve rangar um fócking sandwich na padoca que fica a caminho do estúdio, mas não sai de casa sem antes dar um tiro de 44 em cada joelho do entregador de jornais:
- You’re fócking late, módafócka! I’ve said seven-thirty.


Duas palavras: fócking awesome!

1.12.06

carol dias, a surtada da semana

Explicando: o surtado da semana é aquele leitor que deixou o comentário mais engraçado, inútil, non sense ou inusitado nos posts da semana em questão.
A Carol Dias foi escolhida como a surtada da semana porque não entendeu o post eu odeio quando alguém leva o “tudo bem?” a sério e deixou um comentário surtadíssimo. Carol é minha amiga e eu sei que se trata de uma mulher muito inteligente. Logo, imagino que, se ela não entendeu, é muito provável que os milhares de dois leitores desse humilde blog também não tenham sacado muito bem o que eu falei, ou melhor, escrevi. Então tentarei deixar tudo explicadinho nos seus mínimos detalhes.

Eu não tenho nada contra o “oi, tudo bem?”. Muito pelo contrário, porque sempre prezei pela boa educação e pelos bons modos. O que eu odeio é quando faço a pergunta e a pessoa responde “não”, e aí desanda a contar tudo que acontece de ruim em sua vida, tim-tim por tim-tim.
O que acontece é que o tal do “oi, tudo bem?” ficou tão popular que virou rotina. Todo mundo pergunta “tudo bem?” pra todo mundo e, teoricamente, a resposta é "sim". É, teoricamente, porque tem gente que realmente acha que todo mundo que te pergunta “tudo bem?” está mesmo interessado na resposta.
Bom, espero ter esclarecido as coisas. De qualquer forma, ficam os parabéns para a Carol Dias, a primeira surtada da semana de todos os tempos. Valeu, Carol!


Quer ter o seu nome publicado na seção o surtado da semana? Então capriche nos comentários. Bom fim-de-semana e até segunda!